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[HQ] Georges Cochon « o movimento dos inquilinos » [PDF]

Friday 19 December 2025, by MLT, OLT, VWX (CC by-nc-sa)

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Textos: MLT & Desenhos: OLT / Tradução: VWX (CC BY­NC­SA 4.0)

Na década de 1880, os anarquistas organizam mudanças sem pagar o aluguel — sem tocar a campainha — para evitar a apreensão dos móveis dos inquilinos.
Em 1903, o anarquista Pennelier funda o Sindicato dos Inquilinos, afiliado à CGT. Dotado de um programa jurídico, esse sindicato retoma os métodos de ação da extinta Liga dos Antiproprietários.
Em oposição ao sindicato dos proprietários, o antigo militante da Comuna Jean Breton cria, em 1910, a União Sindical dos Inquilinos Operários e Empregados. Com 11 secções em Paris e 9 nos subúrbios, o sindicato dos inquilinos conta com 3.500 membros em Junho de 1911.
Nascido em Chartres em 26 de maio de 1879, o tapeceiro anarquista Georges Cochon era tesoureiro do Sindicato dos Inquilinos, sendo nomeado seu presidente em 15 de fevereiro de 1911. Este sindicato de inquilinos, cujo programa está alinhado com o de Pennelier, exige a higienização de moradias insalubres, a não confiscação dos móveis, o pagamento do aluguel na data de vencimento, a tributação dos aluguéis e a supressão da “gorjeta” ao porteiro. A guerra contra o « Senhor Urubu », o proprietário, está aberta.
Como Cochon se recusa a pagar o aluguel adiantado, a proprietária decide expulsá-lo.
Em 31 de dezembro de 1911, ele hasteia uma bandeira vermelha e se barrica com a esposa e os filhos. Abastecido pelos vizinhos durante cinco dias, consegue que a polícia levante o cerco. O tribunal o condena a uma multa de 1 franco e concede-lhe um prazo de um mês para desocupar o local. Mas Cochon nunca fica sem ideias...
Ele organiza uma banda, a “Barulheira de São Policarpo”, mais barulhenta do que musical, que acompanha a mudança dos móveis dos pobres ameaçados de execução hipotecária.
Georges Cochon mobiliza companheiros do sindicato dos carpinteiros para montar rapidamente casas pré-fabricadas.
Uma família será realojada no Jardim das Tulherias, em uma cabana improvisada. Essa ação motiva a votação, pelo Conselho Municipal de Paris, de um empréstimo de 200 milhões para a construção de moradias populares.
Continuando suas pegadinhas, ele faz com que as casas vazias dos burgueses e os locais públicos sejam ocupados: o pátio da Câmara dos Deputados, a Prefeitura, o quartel do Château d’Eau, a Prefeitura da Polícia.
A igreja da Madeleine acolhe seu primeiro acampamento ilegal!
A ação da União dos Inquilinos se estende até Marselha. Em abril de 1914, as mudanças “sem tocar a campainha” são proibidas pelo Tribunal de Grande Instância de Paris. A Primeira Guerra Mundial eclode, Cochon é mobilizado em agosto de 1914.
Aposentado em Eure-et-Loir, ele vai a Paris em 1957 para participar de um programa de rádio. Nessa ocasião, Louis Lecoin e May Picqueray reúnem ao seu redor alguns antigos militantes libertários. Ele falece em 25 de abril de 1959.

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